A alpista é a semente mais importante na mistura. A sua composição de Proteínas, Hidratos de Carbono e Lipídeos é a que mais se aproxima das necessidades normais dos canários. A qualidade de sua Proteína, medida pela mistura de aminoácidos e digestibilidade, é alta. O alpista é essencial aos canários, e deve entrar na mistura de sementes com, pelo menos, 60% do total.
A semilha, uma semente muito apreciada pelo nossos pássaros, tem elevado teor de Proteínas e Gorduras. É usada normalmente como provedor de Proteínas na mistura. Como tem altíssimo teor de Lipídeos, sua participação deve ser limitada à 20 % do total.
A colza é outra semente que, como a níger, apresenta bom teor de Proteínas e teor de gorduras bastante elevado ( 45% ). Maurice Pomarède, estudioso francês de canários, alerta para a alta toxidês desta semente, recomendando restrições ao seu uso. Outro cuidado é com relação à aquisição desta semente no mercado. Frequentemente, vende-se semente de mostarda como se fosse colza, com prejuízos evidentes para a mistura.
A aveia é um excelente provedor de energia, muito rico em amido, e especialmente rico em lisina e cistina, dois dos principais aminoácidos essenciais. Deve ser utilizada na mistura como o principal provedor de Hidratos de Carbono. O risco desta semente é a alta manifestação de fungos e outras formas de vida indesejáveis, que podem causar sérios danos à saúde dos pássaros.
A linhaça não tem muito paladar para os canários. Tem alto teor de Proteínas e Lipídeos. Administrada durante o período de muda, tem efeito benéfico sobre a formação das penas.
albertoglosters
Espaço dedicado única e exclusivamente ao Gloster! Gloster é paixão, dedicação e devoção por uma arte nobre de criação e selecção desta raça- O GLOSTER!
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Alimentação dos filhotes
Os embriões em desenvolvimento nascerão por volta do 13º dia. A fêmea aquece muito bem os seus ovinhos e vai muito delicadamente ajudando os filhos a nascer. Por vezes a película interior do ovo fica pegada ao passarinho, só a mãe com o seu calor o pode ajudar. A mãe vai tentando retirar as cascas de ovo do ninho à medida que vão eclodindo.
Podemos perceber que nasceram os filhotes vendo as cascas de ovo no solo da gaiola ou nos comedouros. É agora muito importante dar uma alimentação adequada.
Um dia antes do nascimento dos filhotes inicio o esquema de alimentação, para prevenir um eventual nascimento precoce e para fortalecer e habituar os pais.
Forneço diariamente papa de criação, e dou também diariamente sementes germinadas. Como este esquema não é único, pode ser enriquecido dando as sementes germinadas mais que uma vez ao dia (não mais do que duas vezes), tendo sempre a atenção de lavar os recipientes já que estas sementes se deterioram de um dia para o outro criando elementos patológicos para as aves. De vez em quando também dou cuscus,
Em meu entender, estes elementos não devem ser usados com frequência no período das criações devido a serem pobres em proteínas e como os canários preferem os cuscus às papas, deixam de ingerir a quantidade de proteínas e vitaminas contidas nas papas.
A partir do 3º dia de vida deve também ser posta à disposição fruta e/ou verdura na quantidade adequada. Os canários comem muito bem a maça, entre outras frutas. Quanto a verduras são todas muito bem aceites pelos canários. Devem ser lavadas para eliminar eventuais pesticidas e não devem vir directamente do frigorífico porque podem constipar os pássaros.
Podemos perceber que nasceram os filhotes vendo as cascas de ovo no solo da gaiola ou nos comedouros. É agora muito importante dar uma alimentação adequada.
Um dia antes do nascimento dos filhotes inicio o esquema de alimentação, para prevenir um eventual nascimento precoce e para fortalecer e habituar os pais.
Forneço diariamente papa de criação, e dou também diariamente sementes germinadas. Como este esquema não é único, pode ser enriquecido dando as sementes germinadas mais que uma vez ao dia (não mais do que duas vezes), tendo sempre a atenção de lavar os recipientes já que estas sementes se deterioram de um dia para o outro criando elementos patológicos para as aves. De vez em quando também dou cuscus,
Em meu entender, estes elementos não devem ser usados com frequência no período das criações devido a serem pobres em proteínas e como os canários preferem os cuscus às papas, deixam de ingerir a quantidade de proteínas e vitaminas contidas nas papas.
A partir do 3º dia de vida deve também ser posta à disposição fruta e/ou verdura na quantidade adequada. Os canários comem muito bem a maça, entre outras frutas. Quanto a verduras são todas muito bem aceites pelos canários. Devem ser lavadas para eliminar eventuais pesticidas e não devem vir directamente do frigorífico porque podem constipar os pássaros.
Criação
Depois da ave por o 1º ovo, o criador deve retirá-lo, com cuidado para não o quebrar e deixar um ovo falso. Este processo deve-se repetir, todos os dias para os ovos seguintes. No dia em que a ave colocar o último ovo, devem então trocar-se os ovos falsos pelos verdadeiros.
Assim, todos começarão a ser chocados ao mesmo tempo e passados 13 dias nascerão todos os filhotes. Este processo evita que os filhotes nasçam com dias de diferença e os mais velhos matem os mais pequenos (novos).
Os ovos falsos compram-se em qualquer loja de produtos para aves. Normalmente são de plástico e de cor azul, verde ou cinzentos. O facto de se deixarem ovos (falsos) no ninho, incentiva a fêmea a continuar com a postura normalmente.
O último ovo pode ser identificado por ter uma coloração um pouco diferente da dos restantes. Se ainda assim, o criador não reconhecer o último ovo, deve continuar o processo de substituição até ao quinto ovo (muito dificilmente haverá um sexto). Se a canária deixar de por ovo num dos dias, então o do dia anterior foi o último e deve trocar-se os ovos
Os ovos verdadeiros que se retiraram devem ser cuidadosamente guardados numa caixa sobre sementes (Alpista) ou outro produto que os mantenha de forma segura e delicada. Será aconselhável que os ovos guardados sejam virados todos os dias para que o embrião não fique agarrado à superfície da casca do fundo do ovo inviabilizando o seu nascimento.
A fêmea começará a ficar mais tempo no ninho para chocar os ovos entre o 3º e o 5º ovo (dia). Dependendo da raça e da personalidade do próprio pássaro, este será mais ou menos afoito na tarefa de chocar os ovos . É comum que o macho também vá para o ninho enquanto a fêmea vai comer, assim como será normal ver o macho a alimentar a fêmea no ninho.
Durante o choco a fêmea conhece bem os seus ovos e o que têm dentro, e vai os posicionando de forma a aquecer melhor os que estão viáveis, e por vezes pode até deitar fora alguns ovos não ‘galados’.
Durante o processo de choco dos ovos deve retirar-se a papa ao casal para evitar que fiquem muito gordos (particularmente o macho), já que neste período de criação terão sempre à disposição comida bastante nutritiva e calórica.
Por volta do sétimo dia de choco, também o criador pode identificar os ovos que têm o embrião em desenvolvimento e os que não estão ‘galados’ ou que o embrião morreu. Para isso, deve pegar cuidadosamente no ovo e coloca-lo em contraluz (ficando numa zona de sombra e colocando o ovo contra o céu – se estiver sol). Se o ovo estiver opaco, então está em bom desenvolvimento, se pelo contrário estiver transparente então não há embrião em desenvolvimento.
Assim, todos começarão a ser chocados ao mesmo tempo e passados 13 dias nascerão todos os filhotes. Este processo evita que os filhotes nasçam com dias de diferença e os mais velhos matem os mais pequenos (novos).
Os ovos falsos compram-se em qualquer loja de produtos para aves. Normalmente são de plástico e de cor azul, verde ou cinzentos. O facto de se deixarem ovos (falsos) no ninho, incentiva a fêmea a continuar com a postura normalmente.
O último ovo pode ser identificado por ter uma coloração um pouco diferente da dos restantes. Se ainda assim, o criador não reconhecer o último ovo, deve continuar o processo de substituição até ao quinto ovo (muito dificilmente haverá um sexto). Se a canária deixar de por ovo num dos dias, então o do dia anterior foi o último e deve trocar-se os ovos
Os ovos verdadeiros que se retiraram devem ser cuidadosamente guardados numa caixa sobre sementes (Alpista) ou outro produto que os mantenha de forma segura e delicada. Será aconselhável que os ovos guardados sejam virados todos os dias para que o embrião não fique agarrado à superfície da casca do fundo do ovo inviabilizando o seu nascimento.
A fêmea começará a ficar mais tempo no ninho para chocar os ovos entre o 3º e o 5º ovo (dia). Dependendo da raça e da personalidade do próprio pássaro, este será mais ou menos afoito na tarefa de chocar os ovos . É comum que o macho também vá para o ninho enquanto a fêmea vai comer, assim como será normal ver o macho a alimentar a fêmea no ninho.
Durante o choco a fêmea conhece bem os seus ovos e o que têm dentro, e vai os posicionando de forma a aquecer melhor os que estão viáveis, e por vezes pode até deitar fora alguns ovos não ‘galados’.
Durante o processo de choco dos ovos deve retirar-se a papa ao casal para evitar que fiquem muito gordos (particularmente o macho), já que neste período de criação terão sempre à disposição comida bastante nutritiva e calórica.
Por volta do sétimo dia de choco, também o criador pode identificar os ovos que têm o embrião em desenvolvimento e os que não estão ‘galados’ ou que o embrião morreu. Para isso, deve pegar cuidadosamente no ovo e coloca-lo em contraluz (ficando numa zona de sombra e colocando o ovo contra o céu – se estiver sol). Se o ovo estiver opaco, então está em bom desenvolvimento, se pelo contrário estiver transparente então não há embrião em desenvolvimento.
Acasalamento
Chamo acasalamento ao curto período (de 1 a 6 semanas) desde que se junta o casal e o momento em que iniciam a criação, com a postura do primeiro ovo. O criador deve iniciar o acasalamento apenas quando o macho e a fêmea estiverem prontos a acasalar.
A altura de iniciar o acasalamento e depois a criação em Portugal é, normalmente, no início da primavera, ou um pouco antes. Sendo o aparelho reprodutor dos canários que dita o início do acasalamento, os meus canários então prontos por volta do início de Março, podendo haver alguma diferença entre casais. Mais a sul do país é natural que este processo comece antes.
Sendo as horas de luz por dia que determinam o ciclo de reprodução dos canários, é possível antecipar o acasalamento, aumentando com luz artificial, e de uma forma adequada, a duração do período de luz de cada dia.
As fêmeas ficam prontas para o acasalamento quando o seu ventre fica mais comprido em forma de ovo. Os machos ficam com o espigão saliente (cerca de 3 a 5 cm).
Há diferentes processos de acasalamento:
• Monogâmico – um macho e uma fêmea. Macho e fêmea ficam juntos até ao fim da criação. Ambos alimentam os filhotes.
• Poligâmica – um macho com duas ou três fêmeas. Cada fêmea fica na sua gaiola e o macho visita-a na altura apropriada para fecundar os ovos. Há dois métodos do macho fazer a visita às fêmeas. No primeiro método, o criador junta o macho com cada uma das fêmeas apenas por algumas horas, vários dias até a fêmea terminar a postura. No segundo método é necessário que a postura das fêmeas ocorra em períodos espaçados entre elas de forma a que o macho fique durante a postura (iniciando alguns dias antes) junto apenas com a fêmea que está a fazer a postura. Rodando depois pelas outras fêmeas. Em ambos os casos terá de ser a fêmea sozinha a criar os filhotes.
• Poligâmica – um macho com várias fêmeas num viveiro de criação. São colocados vários ninhos (pelo menos um por fêmea) e as fêmeas escolhem o ninho (por vezes com alguma disputa) para fazer a sua postura. O macho fecunda todas as fêmeas ainda que elas façam a postura na mesma altura. O macho raramente ajuda a alimentar os filhotes, pelo que têm que ser as fêmeas a fazê-lo. Frequentemente umas fêmeas alimentam os filhotes de outras. Este processo só funciona com raças de canários que criem muito bem. A seguir relato a minha experiência com este método, mal sucedido com algumas raças, e bem sucedido com outras desde que sejam tomados alguns cuidados.
Descrevo o acasalamento monogâmico que é o mais natural e mais habitual e o único recomendado para quem inicia uma criação considero esta uma das fases mais gratificantes na criação de canários.
Quando a gaiola de criação o permite, colocam-se, macho e fêmea separados por uma grelha que os deixa verem-se e trocarem comida no bico um com o outro. Normalmente ficam assim durante uma semana ou até começarem a trocar comida pelo bico. Neste período enamoram-se um pelo outro. Se o macho e a fêmea já estiverem prontos como referi atrás, esta etapa pode ser omitida.
Depois de retirar a grelha, ou se não usou grelha, alguns dias (uma semana) depois de os juntar coloca-se o ninho com algumas palhinhas (poucas para não sujar muito a gaiola). Quando a fêmea e o macho transportarem as palhinhas no bico é um ‘convite’ ao parceiro para iniciar o acasalamento. Quando a fêmea iniciar a feitura do ninho deve dar-se-lhe mais material para fazer o ninho. Dentro de 4 a 7 dias porá o primeiro ovo. Nos dias seguintes porá um ovo por dia, sempre um pouco depois de nascer o dia. A postura será de 3 a 5 ovos, normalmente.
Uma fêmea na sua primeira postura é habitual pôr menos ovos que nas outras. Nesta altura não pode faltar a papa (para que os ovos tenham nutrientes suficientes para o desenvolvimento do embrião dentro do ovo), nem o cálcio (osso de choco ou barra de cálcio) para a fêmea poder criar a casca do ovo que é composta de cálcio.
A altura de iniciar o acasalamento e depois a criação em Portugal é, normalmente, no início da primavera, ou um pouco antes. Sendo o aparelho reprodutor dos canários que dita o início do acasalamento, os meus canários então prontos por volta do início de Março, podendo haver alguma diferença entre casais. Mais a sul do país é natural que este processo comece antes.
Sendo as horas de luz por dia que determinam o ciclo de reprodução dos canários, é possível antecipar o acasalamento, aumentando com luz artificial, e de uma forma adequada, a duração do período de luz de cada dia.
As fêmeas ficam prontas para o acasalamento quando o seu ventre fica mais comprido em forma de ovo. Os machos ficam com o espigão saliente (cerca de 3 a 5 cm).
Há diferentes processos de acasalamento:
• Monogâmico – um macho e uma fêmea. Macho e fêmea ficam juntos até ao fim da criação. Ambos alimentam os filhotes.
• Poligâmica – um macho com duas ou três fêmeas. Cada fêmea fica na sua gaiola e o macho visita-a na altura apropriada para fecundar os ovos. Há dois métodos do macho fazer a visita às fêmeas. No primeiro método, o criador junta o macho com cada uma das fêmeas apenas por algumas horas, vários dias até a fêmea terminar a postura. No segundo método é necessário que a postura das fêmeas ocorra em períodos espaçados entre elas de forma a que o macho fique durante a postura (iniciando alguns dias antes) junto apenas com a fêmea que está a fazer a postura. Rodando depois pelas outras fêmeas. Em ambos os casos terá de ser a fêmea sozinha a criar os filhotes.
• Poligâmica – um macho com várias fêmeas num viveiro de criação. São colocados vários ninhos (pelo menos um por fêmea) e as fêmeas escolhem o ninho (por vezes com alguma disputa) para fazer a sua postura. O macho fecunda todas as fêmeas ainda que elas façam a postura na mesma altura. O macho raramente ajuda a alimentar os filhotes, pelo que têm que ser as fêmeas a fazê-lo. Frequentemente umas fêmeas alimentam os filhotes de outras. Este processo só funciona com raças de canários que criem muito bem. A seguir relato a minha experiência com este método, mal sucedido com algumas raças, e bem sucedido com outras desde que sejam tomados alguns cuidados.
Descrevo o acasalamento monogâmico que é o mais natural e mais habitual e o único recomendado para quem inicia uma criação considero esta uma das fases mais gratificantes na criação de canários.
Quando a gaiola de criação o permite, colocam-se, macho e fêmea separados por uma grelha que os deixa verem-se e trocarem comida no bico um com o outro. Normalmente ficam assim durante uma semana ou até começarem a trocar comida pelo bico. Neste período enamoram-se um pelo outro. Se o macho e a fêmea já estiverem prontos como referi atrás, esta etapa pode ser omitida.
Depois de retirar a grelha, ou se não usou grelha, alguns dias (uma semana) depois de os juntar coloca-se o ninho com algumas palhinhas (poucas para não sujar muito a gaiola). Quando a fêmea e o macho transportarem as palhinhas no bico é um ‘convite’ ao parceiro para iniciar o acasalamento. Quando a fêmea iniciar a feitura do ninho deve dar-se-lhe mais material para fazer o ninho. Dentro de 4 a 7 dias porá o primeiro ovo. Nos dias seguintes porá um ovo por dia, sempre um pouco depois de nascer o dia. A postura será de 3 a 5 ovos, normalmente.
Uma fêmea na sua primeira postura é habitual pôr menos ovos que nas outras. Nesta altura não pode faltar a papa (para que os ovos tenham nutrientes suficientes para o desenvolvimento do embrião dentro do ovo), nem o cálcio (osso de choco ou barra de cálcio) para a fêmea poder criar a casca do ovo que é composta de cálcio.
Preparação para o Acasalamento
Alguns casais podem criar sem terem passado pela “preparação para o acasalamento”. Mas essa não é a regra, pois para a generalidade dos casais esta etapa é um factor de sucesso na criação. Esta etapa tem por objectivo preparar o aparelho reprodutor do macho e da fêmea e fortalecer os canários para a árdua tarefa de criar os seus filhotes.
Todos os criadores já tiveram a experiência de casais que não conseguem criar os seus filhotes, ora porque não chegam a iniciar o acasalamento, ora porque a fêmea não põe ovos, ora porque os ovos não estão fecundados, ora porque os filhotes não nascem, ou, muitas vezes porque os pais não conseguem criar os seus filhotes.
Alguns destes problemas são devidos a uma fraca preparação do aparelho reprodutor da fêmea ou do macho, ou a um estado mais debilitado dos pais que não têm capacidade para criar todos os filhos nascidos e sacrificam alguns ou mesmo todos.
A preparação para o acasalamento consiste em cuidar dos seguintes factores determinantes:
• Limpeza da flora intestinal – usando medicamentos contra os vermes e/ou fermentos e/ou probióticos.
• Preparação do aparelho reprodutor – administrando vitamina E com alimentos ricos nesta vitamina (ex: sementes de aveia descascada) ou complexo vitamínico.
• Fortalecimento dos canários – com boa alimentação, papa de ovo e complexos vitamínicos.
• Criação de “desejo” por acasalar – mantendo machos e fêmeas separados.
Todos os criadores já tiveram a experiência de casais que não conseguem criar os seus filhotes, ora porque não chegam a iniciar o acasalamento, ora porque a fêmea não põe ovos, ora porque os ovos não estão fecundados, ora porque os filhotes não nascem, ou, muitas vezes porque os pais não conseguem criar os seus filhotes.
Alguns destes problemas são devidos a uma fraca preparação do aparelho reprodutor da fêmea ou do macho, ou a um estado mais debilitado dos pais que não têm capacidade para criar todos os filhos nascidos e sacrificam alguns ou mesmo todos.
A preparação para o acasalamento consiste em cuidar dos seguintes factores determinantes:
• Limpeza da flora intestinal – usando medicamentos contra os vermes e/ou fermentos e/ou probióticos.
• Preparação do aparelho reprodutor – administrando vitamina E com alimentos ricos nesta vitamina (ex: sementes de aveia descascada) ou complexo vitamínico.
• Fortalecimento dos canários – com boa alimentação, papa de ovo e complexos vitamínicos.
• Criação de “desejo” por acasalar – mantendo machos e fêmeas separados.
O Local de Criação - CANARIL
A localização dos viveiros de criação é um aspecto muito relevante no sucesso das criações. Os viveiros devem localizar-se no interior de um compartimento que passo a chamar de canaril. O canaril pode ser um compartimento da casa, um anexo, a garagem ou uma casinha em madeira. É importante garantir que nem gatos nem ratos tenham acesso ao canaril.
O canaril deve receber algum sol durante o dia, mas não demasiado. É fundamental que cada canário no compartimento interior do canaril, se estiver ao sol, tenha um local que esteja à sombra onde ele se possa resguardar de horas de sol intenso.
O canaril deve ter janelas para que haja circulação de ar, e estas devem ter cortinas para impedir a entrada do sol demasiado quente no verão. O canaril deve proteger os viveiros das chuvas, das correntes de ar, de temperaturas muito baixas e de temperaturas muito altas. No meu canaril as temperaturas podem variar dos 8 ºC nas noites frias de Inverno (mas conheço situações em que as temperaturas mínimas são bem mais baixas sem haver problema), aos 40ºC nas horas do pico de calor no verão.
Nestas situações de temperaturas muito altas o canaril deve ser refrescado com um pulverizador com água, e ‘jogar’ com a abertura das janelas. Para obter bons resultados na criação é importante que os viveiros não estejam sujeitos à luz artificial das nossas casas, pois acender e apagar a luz durante a noite ou manter a luz acesa durante várias horas da noite é prejudicial para as criações.
Alguns casais permitem que se veja e mexa no ninho com frequência mas outros são muito zelosos da sua privacidade e para que criem bem é importante não mexer muito no ninho. Por isso, o canaril deve ser um local sossegado e não sujeito ao acender e apagar de luzes nas nossas habitações.
O meu canaril está sujeito apenas à luz natural. Também a humidade é um factor importante, nomeadamente na altura da eclosão dos ovos. Por períodos curtos não se justifica alterar a humidade existente no canaril, mas se a localização do canaril impuser valores de humidade muito elevados >90% por períodos longos (semanas), é importante fazer baixar a humidade (abrindo as janelas, ou com um desumidificador).
Se os valores da humidade forem muito baixos (nos dias quentes de verão) pode-se fazer subir a humidade momentaneamente pulverizando o canaril com água (pode-se usar um borrifador de plantas ou aproveitar um frasco vazio de detergente com borrifador, depois de bem lavado).
Os viveiros individuais de criação devem ter entre 35 e 50 cm de comprimento, de 35 a 40 cm de fundo, 30 a 40 cm de altura. No meu caso uso viveiros com 1 m de comprimento, 40 cm de profundidade e 30 cm de altura, que divido colocando um macho ao meio e uma fêmea a cada ponta do viveiro. Tudo isto para que o macho e as fêmeas possam ver-se mutuamente e possam criar laços “afectivos” entre eles despertando-lhes assim o desejo e instinto sexual e reprodutivo.
Quando isso acontece retiro a divisória e estão constituídos os casais de reprodutores para a sua tarefa reprodutiva.
Depois das criações retiro a divisória do meio e o viveiro de 1 metro é adequado para que os canários façam a muda da pena e permaneçam o resto do ano. Actualmente uso viveiros de 1 metro em rede, denominados viveiros galegos. É muito importante que a limpeza das gaiolas seja fácil, e com estes viveiros as gaiolas não se sujam, e são de fácil limpeza.
É vantajoso ter gaiolas ou viveiros todos iguais já que permite uma uniformidade dos acessórios necessários que podem ser usados em todos os viveiros.
É importante ter grelhas do fundo suplentes para trocar com alguma frequência (dependendo do número de aves por viveiro – mais aves sujam mais). Se os viveiros forem todos iguais as mesmas grelhas servem em qualquer um.
A limpeza dos viveiros é facilitada colocando folhas de papel (jornais velhos ou papel próprio) nos fundos dos viveiros. Assim, bastará substituir o papel semanalmente. Contudo é importante uma limpeza mais profunda de vez em quando. O canaril deve também ser mantido limpo. Uma boa sanidade do canaril e dos viveiros impede o aparecimento de parasitas e é muito mais agradável para quem o visita e para o próprio criador. É importante ter água e um lavatório no canaril para facilitar a limpeza e o próprio tratamento dos canários.
O canaril deve receber algum sol durante o dia, mas não demasiado. É fundamental que cada canário no compartimento interior do canaril, se estiver ao sol, tenha um local que esteja à sombra onde ele se possa resguardar de horas de sol intenso.
O canaril deve ter janelas para que haja circulação de ar, e estas devem ter cortinas para impedir a entrada do sol demasiado quente no verão. O canaril deve proteger os viveiros das chuvas, das correntes de ar, de temperaturas muito baixas e de temperaturas muito altas. No meu canaril as temperaturas podem variar dos 8 ºC nas noites frias de Inverno (mas conheço situações em que as temperaturas mínimas são bem mais baixas sem haver problema), aos 40ºC nas horas do pico de calor no verão.
Nestas situações de temperaturas muito altas o canaril deve ser refrescado com um pulverizador com água, e ‘jogar’ com a abertura das janelas. Para obter bons resultados na criação é importante que os viveiros não estejam sujeitos à luz artificial das nossas casas, pois acender e apagar a luz durante a noite ou manter a luz acesa durante várias horas da noite é prejudicial para as criações.
Alguns casais permitem que se veja e mexa no ninho com frequência mas outros são muito zelosos da sua privacidade e para que criem bem é importante não mexer muito no ninho. Por isso, o canaril deve ser um local sossegado e não sujeito ao acender e apagar de luzes nas nossas habitações.
O meu canaril está sujeito apenas à luz natural. Também a humidade é um factor importante, nomeadamente na altura da eclosão dos ovos. Por períodos curtos não se justifica alterar a humidade existente no canaril, mas se a localização do canaril impuser valores de humidade muito elevados >90% por períodos longos (semanas), é importante fazer baixar a humidade (abrindo as janelas, ou com um desumidificador).
Se os valores da humidade forem muito baixos (nos dias quentes de verão) pode-se fazer subir a humidade momentaneamente pulverizando o canaril com água (pode-se usar um borrifador de plantas ou aproveitar um frasco vazio de detergente com borrifador, depois de bem lavado).
Os viveiros individuais de criação devem ter entre 35 e 50 cm de comprimento, de 35 a 40 cm de fundo, 30 a 40 cm de altura. No meu caso uso viveiros com 1 m de comprimento, 40 cm de profundidade e 30 cm de altura, que divido colocando um macho ao meio e uma fêmea a cada ponta do viveiro. Tudo isto para que o macho e as fêmeas possam ver-se mutuamente e possam criar laços “afectivos” entre eles despertando-lhes assim o desejo e instinto sexual e reprodutivo.
Quando isso acontece retiro a divisória e estão constituídos os casais de reprodutores para a sua tarefa reprodutiva.
Depois das criações retiro a divisória do meio e o viveiro de 1 metro é adequado para que os canários façam a muda da pena e permaneçam o resto do ano. Actualmente uso viveiros de 1 metro em rede, denominados viveiros galegos. É muito importante que a limpeza das gaiolas seja fácil, e com estes viveiros as gaiolas não se sujam, e são de fácil limpeza.
É vantajoso ter gaiolas ou viveiros todos iguais já que permite uma uniformidade dos acessórios necessários que podem ser usados em todos os viveiros.
É importante ter grelhas do fundo suplentes para trocar com alguma frequência (dependendo do número de aves por viveiro – mais aves sujam mais). Se os viveiros forem todos iguais as mesmas grelhas servem em qualquer um.
A limpeza dos viveiros é facilitada colocando folhas de papel (jornais velhos ou papel próprio) nos fundos dos viveiros. Assim, bastará substituir o papel semanalmente. Contudo é importante uma limpeza mais profunda de vez em quando. O canaril deve também ser mantido limpo. Uma boa sanidade do canaril e dos viveiros impede o aparecimento de parasitas e é muito mais agradável para quem o visita e para o próprio criador. É importante ter água e um lavatório no canaril para facilitar a limpeza e o próprio tratamento dos canários.
Preparação para a Reprodução
Em Janeiro Fevereiro na generalidade dos casos são os meses indicados para a formação dos casais. Devemos estudar previamente as aves em melhores condições, não só ao nível fénotipo (aspecto exterior da ave) e génotipo (património genético da ave), mas essencialmente às condições de saúde, dando sempre um tempo de adaptação ao casal para que tenham um relacionamento harmonioso que é fundamental para a fecundação dos ovos e consequentemente obtenção de bons resultados.
Aspectos a ter em conta na preparação dos reprodutores são o ambiente e alimentação.
Considerando a boa saúde dos reprodutores, temperatura adequada, e sobretudo a luz, são componentes fundamentais para a obtenção de bons resultados. Podemos favorecer esta preparação com um programa organizado de luz artificial, simulando as horas de luz ideais na época de preparação e reprodução, ou então aguardando pela época ideal, como é a primavera.
A escolha destes dois métodos, com as vantagens e desvantagens de cada um, depende sempre das condições que temos para podermos optar pela escolha mais ideal.
Com a luz natural tudo se desenvolve a um ritmo, mais tranquilo e sem dúvida mais saudável, reflectindo-se na obtenção de melhores resultados, meses ideais Março, Abril e Maio, a não ser que tenhamos meses frios e húmidos que tenhamos que recorrer a recursos artificiais.
A luz artificial, por contrário, impõe a utilização de um relógio temporizador, programado diariamente e potencialmente perigoso para mudas fora de tempo por excesso de luz. Uma programação de luz requer sempre uma programação de temperatura harmoniosa e coordenada, de forma a ter nos finais de Janeiro 12 horas em média de luz e temperatura de 7/8 º C, isto implica logicamente termómetros, higrómetros e fontes de calor, com custos acrescidos pelo consumo de energia. Para não falar de desumidificadores e sistemas de isolamento essenciais para criação fora de tempo ou em condições naturais adversas.
Se optarmos por utilizar luz artificial devemos sempre de uma forma gradual tirar ou aumentar o número de horas de luz, essencialmente neste último caso em que se não for assim podemos correr o risco de termos mudas de penas fora de tempo, (falsas mudas) por alterações no metabolismo da ave por excesso de luz, com consequentes comprometimentos nos bons resultados na totalidade da época de reprodução.
No que respeita à questão da alimentação, da mesma forma que em condições naturais, as plantas amadurecem e criam os seus grãos para alimentação, permitindo aos granívoros na aproximação da primavera ter uma boa alimentação, em cativeiro devemos também ter em consideração a alimentação adequada consoante a época (Manutenção, Preparação, Reprodução).
Na fase de repouso a alimentação deve ser à base de sementes secas, essencialmente de alpista, enriquecendo gradualmente esta alimentação na preparação e criação, para que seja estimulado a maduração sexual e sobretudo haja uma alimentação disponível e suficiente para alimentar todas as necessidades próprias no desenvolvimento das criações.
O enriquecimento de uma adequada alimentação deve ser gradual à base de alimentos brancos, nutritivos e apetecíveis, tais como sementes germinadas, hidratadas, tendo em atenção os métodos de preparação adequados, evitando a transmissão de fungos, propicio a este tipo de alimentação.
Para a germinação é conveniente uma boa mistura de sementes, previamente submetidas a um teste de germinação, para sabermos se todas as sementes germinam nas devidas condições de administração sem corrermos riscos de estar a administrar sementes estragadas que são altamente prejudiciais na alimentação.
Uma a duas vezes por semana devem administrar verduras ou frutas variadas, garantindo uma variabilidade no regime de alimentação e uma dieta saudável no que respeita às vitaminas. Apesar de uma alimentação variada é também aconselhado nos locais de pouca luminosidade e fechados a administração de vitamina E, vitamina importante para a fecundação e um polivitaminico, proporcionando um equilíbrio fundamental para a obtenção de bons resultados.
Produtos utilizados na preparação dos reprodutores:
>> Proboost SuperMax (diariamente)
>> Vitamina E (3x na semana na água)
>> Potent Brew (1x /semana na água)
>> Calcivet (1x/semana na papa)
>> Germinado ( 3x na semana, alternada)
Claro está que este esquema é aquele que é utilizado por mim, com base no conhecimento das minhas aves, do tempo que disponho para cuidar delas, e sofrendo aqui e ali alguns ajustes consoante as necessidade ou carências que se denota nas mesmas ao longo dos vários ciclos maturativos.
Boas criações 2011 para todos os ornitófilos.
Aspectos a ter em conta na preparação dos reprodutores são o ambiente e alimentação.
Considerando a boa saúde dos reprodutores, temperatura adequada, e sobretudo a luz, são componentes fundamentais para a obtenção de bons resultados. Podemos favorecer esta preparação com um programa organizado de luz artificial, simulando as horas de luz ideais na época de preparação e reprodução, ou então aguardando pela época ideal, como é a primavera.
A escolha destes dois métodos, com as vantagens e desvantagens de cada um, depende sempre das condições que temos para podermos optar pela escolha mais ideal.
Com a luz natural tudo se desenvolve a um ritmo, mais tranquilo e sem dúvida mais saudável, reflectindo-se na obtenção de melhores resultados, meses ideais Março, Abril e Maio, a não ser que tenhamos meses frios e húmidos que tenhamos que recorrer a recursos artificiais.
A luz artificial, por contrário, impõe a utilização de um relógio temporizador, programado diariamente e potencialmente perigoso para mudas fora de tempo por excesso de luz. Uma programação de luz requer sempre uma programação de temperatura harmoniosa e coordenada, de forma a ter nos finais de Janeiro 12 horas em média de luz e temperatura de 7/8 º C, isto implica logicamente termómetros, higrómetros e fontes de calor, com custos acrescidos pelo consumo de energia. Para não falar de desumidificadores e sistemas de isolamento essenciais para criação fora de tempo ou em condições naturais adversas.
Se optarmos por utilizar luz artificial devemos sempre de uma forma gradual tirar ou aumentar o número de horas de luz, essencialmente neste último caso em que se não for assim podemos correr o risco de termos mudas de penas fora de tempo, (falsas mudas) por alterações no metabolismo da ave por excesso de luz, com consequentes comprometimentos nos bons resultados na totalidade da época de reprodução.
No que respeita à questão da alimentação, da mesma forma que em condições naturais, as plantas amadurecem e criam os seus grãos para alimentação, permitindo aos granívoros na aproximação da primavera ter uma boa alimentação, em cativeiro devemos também ter em consideração a alimentação adequada consoante a época (Manutenção, Preparação, Reprodução).
Na fase de repouso a alimentação deve ser à base de sementes secas, essencialmente de alpista, enriquecendo gradualmente esta alimentação na preparação e criação, para que seja estimulado a maduração sexual e sobretudo haja uma alimentação disponível e suficiente para alimentar todas as necessidades próprias no desenvolvimento das criações.
O enriquecimento de uma adequada alimentação deve ser gradual à base de alimentos brancos, nutritivos e apetecíveis, tais como sementes germinadas, hidratadas, tendo em atenção os métodos de preparação adequados, evitando a transmissão de fungos, propicio a este tipo de alimentação.
Para a germinação é conveniente uma boa mistura de sementes, previamente submetidas a um teste de germinação, para sabermos se todas as sementes germinam nas devidas condições de administração sem corrermos riscos de estar a administrar sementes estragadas que são altamente prejudiciais na alimentação.
Uma a duas vezes por semana devem administrar verduras ou frutas variadas, garantindo uma variabilidade no regime de alimentação e uma dieta saudável no que respeita às vitaminas. Apesar de uma alimentação variada é também aconselhado nos locais de pouca luminosidade e fechados a administração de vitamina E, vitamina importante para a fecundação e um polivitaminico, proporcionando um equilíbrio fundamental para a obtenção de bons resultados.
Produtos utilizados na preparação dos reprodutores:
>> Proboost SuperMax (diariamente)
>> Vitamina E (3x na semana na água)
>> Potent Brew (1x /semana na água)
>> Calcivet (1x/semana na papa)
>> Germinado ( 3x na semana, alternada)
Claro está que este esquema é aquele que é utilizado por mim, com base no conhecimento das minhas aves, do tempo que disponho para cuidar delas, e sofrendo aqui e ali alguns ajustes consoante as necessidade ou carências que se denota nas mesmas ao longo dos vários ciclos maturativos.
Boas criações 2011 para todos os ornitófilos.
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