Páginas

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Criação do Canário Gloster



A escolha do casal
À medida que se aproxima uma nova época de criação de canários, a selecção dos casais é da mais extrema importância. Estas selecções determinarão se nós continuamos a progredir, ou se caímos no retrocesso à medida que decorre a criação e a época das exposições avista-se.
O objectivo deve ser assegurar-se de que cada casal esteja bem "balanceado" e sempre acasalar Corona com Consort. Ao seleccionar casais, eu mantenho sempre na mente o que os criadores entendidos de Gloster dizem como certo: "fêmeas para o tipo e machos para a cor". Assim as fêmeas de Gloster, se são coronas ou consorts, devem ser pequenas, redondas na forma do corpo, têm que ter as caudas curtas, cabeças bem formadas e no geral sejam do tipo bom.
Normalmente a qualidade das fêmeas criadas por nós é mais valiosa do que aquelas que são trazidas de outros criadores, pois na criação própria vai ser possível controlar a proveniência da fêmea, enquanto que uma fêmea desconhecida só vai ser possível avaliar a sua aparência exterior, nunca o que está "por dentro" (hereditariedade), não importa as medalhas, os pedigrees, etc, que lhe são mostrados, não há nenhuma garantia que uma nova fêmea trará muitos benefícios no seu plantel (pelo menos a curto prazo).
Os machos de Gloster necessitam de ser curtos e robustos e devem ter a qualidade excelente da cor e da pena. Alguns pontos da escolha devem ser recordados: um Gloster mais velho será ligeiramente maior do que um da ultima criação e os machos começarão a apertar a sua plumagem e a perder a sua forma á medida que a época de criação se aproxima.
Como sempre, ao tratar dos casais de Glosters não é só as diferenças entre os machos e as fêmeas que precisam de ser consideradas, também temos que ter em linha de conta as duas diferentes formas do Gloster: Coronas e Consorts. A característica distinta do corona é, de facto, a sua coroa, a crista das penas na sua cabeça. A coroa deve ser o mais redonda possível e a suas penas devem ser longas e ter "boa inclinação". Todos nós criamos exemplares com a coroa vincada ou rachada, mas estes devem ser rejeitados aquando da selecção. Se não, a falha pode ser passada sobre às futuras gerações.
O Consort pode ser visto como uma ferramenta usada na produção dos coronas, assim a sua plumagem na cabeça necessita ser suficientemente larga para permitir dar forma aos coronas obtidos. Isto pode ser verificado empurrando as penas principais da cabeça de um Consort para a frente. Use uma moeda de 5 cêntimos fazer isto: posicionando a moeda onde a corona estaria, se as pontas das penas estiverem projetadas na parte dianteira da moeda, você sabe que está com as linhas perfeitas para dar origem a bons coronas. Embora não seja necessário que um Consort tenha uma cabeça muito grande, as sobrancelhas devem ter realce e largura ao longo dos olhos.
Mesmo assim existem consorts com as cabeças pequenas, pouco largas e os olhos salientes sem sobrancelhas, que ganham concursos. Isto não é saudável para a selecção e aproximação ao standart definido pelas regras internacionais, isto porque muitas das vezes os juizes dão prémios a tais espécimes porque aquele é o tipo que têm nas suas próprias criações. Mesmo que um juiz possa criar Consorts que não se assemelham ao standart, é o standart que devem ter na mente ao julgar.

Sem comentários:

Enviar um comentário